quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

O som do coração


A noite estava quente, a cerveja gelada e o coração apertado. A hora parecia estacionar nas cordas daquele instrumento, o vento já não me fazia mais companhia.
Eu esperava como quem não liga, não necessita esperar...
O que antes era mero costume se tornou um vício, um ciclo sem fim, talvez um refúgio.
Apesar de parecer errado aos olhos de muitos, não me importo. Afinal, bom é quando faz mal, não é?
Pois bem, assim tenho vivido. Pelos bares, nas noites. A espera do fim daquele belo som. Sim, eu disse belo som! Aprendi a ouvir e entender, até mesmo separá-lo de todos os outros. Ao longo posso ouvi-lo e sentir-me mais aliviada ao saber que poderei apreciá-lo por mais uma noite.

"Onde anda esse corpo que me fez enlouquecer de tanto prazer? E por falar em beleza onde anda a canção que se ouvia na noite dos bares de então, onde a gente ficava, onde a gente se amava? Em total solidão hoje eu saio da noite vazia, numa boemia sem razão de ser... na rotina dos bares, que apesar dos pesares, me trazem você. E por falar em paixão, em razão de viver, você bem que podia me aparecer nesses mesmos lugares, na noite, nos bares."

Após algumas conversas e muitos copos de cerveja, o corpo já não respondia mais aos meus comandos, na verdade, eu já não comandava mais nada. Esperava apenas chegar em casa, ou em qualquer outro lugar. Queria, precisava senti-lo outra vez. E assim foi feito. O dia amanheceu e não poderia ser mais belo, fazia sol e não havia nuvens. Mesmo que estivesse chovendo, caindo o céu, mesmo assim seria o mais belo dia!
Às vezes penso que sou uma tola, mas às vezes não. O telefone toca uma, duas, três vezes... Tento atender, mas minha voz se cala, simplesmente some.
É bom saber que tem alguém do outro lado, que se preocupa e se faz presente, mesmo que de longe às vezes. Tentar colocar em palavras tudo aquilo que se sente é complicado, mas francamente, quem consegue? Estática, continuo aqui, por horas talvez a olhar o telefone. Gosto de sentir a vibração, me lembro daquelas cordas...
Mãos leves, sensíveis e macias. Cordas grossas, chatas e que prendem meu tempo. Meu precioso tempo.


Minhas madrugadas já não existem mais quando aquelas cordas não se fazem presente...

1 comentários:

Carlos disse...

Interessante, oi Jéssica, eu vi o seu orkut,
E sou o Carlos Felipe,
Alguém que te achou muito simpática, à principio.
E que gosta de Hamlet"

Para no caso de você não lembrar quem eu sou, aque afinal não seria uma novidade, já que nos vimos, uma vez, ou outro, numa ocasião um tanto que até " estranha".
Mas que não deixa de ser engraçada.

Não quero me intrometer na vidad e outra pessoa que não conheço - assim do nada.
Nem pareçer um " Chatolão" que enche o saco de quem não conheçe e 'trá lá lá" ou que meche com a namorada dos outros.

Mas existe algo que se chama amizade, e algumas pessoas devem entender não é verdade?

Brincadeira...

Então, eu tinha meu blogger aqui, quase extinto, pois eu demoro muito para publicar algo, e não tenho também nenhum amigo - seguidor.

Mas de primeira, eu vi o seu blogger, e li o texto.
E achei legal poder te adicionar, só isso.

E sobre o texto: é legal, mais não foi muito sinçero não?

rsrsrs

brincadeira de novo!

beijo thal!

A gente se fala melhor no orkut, ou quando nos vermos por aí, e
Dá uma olhada no meu blogger também.
Fazendo um favor.
Abração!